Quem sou eu

Minha foto
"Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar o calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser; que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver”. Amyr Klink.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

O retorno

No sábado, após visitar a cidade fantasma, comecei a viagem de volta e ainda rodei umas 360 milhas chegando a noitinha em Shawnee, perto de Oklahoma City. A estrada da volta seria toda ela a I-40 que seria mais ou menos como a Rodovia dos Bandeirantes, ou seja excelente só que sem pedágios....
No domingo de manhã logo cedo ja estava na estrada pois faltavam mais de 600 milhas, o que pensei não ser tão difícil assim de percorrer com essa estrada e esse carro. O que mata é o tal limite de velocidade, pois 70 milhas dá uns 120 km/h....dá sono...
Chegando em Memphis começou a chover forte e não parava... assim pensei que com aquele dilúvio nenhum poilicial iria operar o radar, então baixei a bota no Camaro que entendeu a situação e se comportou de forma magnífica, rodando numa média de 150 por hora na chuva como se estivesse num trilho. Cheguei em Nashville às 19:30, mais de 1000 km depois e nem estava cansado de tão divertida que foi essa puxada final. Devolvi o carro na segunda de manhã no aeroporto, com certa tristeza, pois vou sentir saudade dele também... (só pra irritar, fui perguntar o preço de um carro desses aqui... e a resposta foi.... 26 mil dólares... é mole? ).
Peguei um voo para Miami e de lá pegarei outro para casa. 
O medo que senti chegando aqui transformou-se em duas saudades.... uma grande de voltar pra casa e outra, ainda pequena, de retornar a esse país tão limpo e organizado e com tanta gente maluca e interessante. Valeu.



A cidade fantasma

Sábado de manhã amanheceu em Amarillo, com a temperatura chegando próximo de zero. A TV diz que vai esfriar mais ainda e então resolvi sair bem cedo com destino a Glen Rio, e assim percorreria o último trecho da rota 66 pelo Texas, chegando à divisa com o estado do Novo México. Essa região é chamada pelos americanos de Panhandle, que é uma área totalmente plana e onde estão localizadas algumas das maiores fazendas dos EUA, afinal aqui é a terra do pessoal do chapeú de cowboy e de extensas pastagens. A rota 66 segue ainda paralela à I-40 e resolvi pegar a autoestrada mesmo por ser mais rápido e porque ainda tinha 160 milhas para chegar lá e iniciar a viagem de volta.
Na divisa entre esses dois estado está a cidade de Glen Rio que está abandonada. Foi até difícil encontrá-la porque fica às margens da estrada, no antigo traçado da rota 66. A a linha divisória dos estados fica bem no meio dela. Diz-se por aqui que Glen Rio viveu seu tempo áureo ente os anos 50 a 70 quando a rota 66 ainda era usada por todos que iam do leste para oeste, e tinha hotéis, postos de gasolina, mercearias, correio, etc... hoje está tudo abandonado parecendo coisa de filme. A população foi diminuindo cada vez mais e hoje não ficou ninguém para contar a estória.
Coloquei os pés no Novo México, tirei umas fotos e como um ato simbólico, dei um cavalo de pau com o Camaro pra começar a volta até Nashville onde deveria estar na segunda-feira, para devolver o carro. Tinha pela frente 1060 milhas para percorrer em dois dias, então pé na estrada...




sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Chegando ao Texas


Fui ao museu da rota 66 dar uma olhada e achei que é um museu bastante organizados com muita coisa sobre a rota 66 exposta, desde automóveis, equipamentos usados na construção da estrada, viajantes ilustres, etc... tem até uma pequeno auditório onde passa um filme sobre a rota 66 aos visitantes, por US$ 4 a entrada vale a pena.
a tarde segui para Amarillo, já no Texas.
Neste estado a antiga rota 66 é fácil de seguir porque vai sempre paralela à I-40, com alguns pequenos desvios nos viadutos de acesso às cidades e dessa forma chega-se rapidamente a Amarillo, onde está o famoso Cadillac Ranch onde ficam 10 Cadillacs enterrados no meio de uma plantação, ao longo da estrada. Com certeza uma visão intrigante.










Indo para o (velho) Oeste

Após pernoitar em Chandler, uma pequena cidade antes de Oklahoma City que é a capital do estado, fui seguindo a rota 66 e depois de alguns quilometros, num lugar bem tranquilo da estrada, deparei com uma placa que dizia: "Motorcycle Museum"... parei e fui dar uma olhada... fiquei impressionado.... naquele lugar, no meio do nada uma coleção espetacular de motocicletas antigas...todas em perfeito estado como se tivessem saído da loja ou então, restauradas cuidadosamente para ficarem perfeitas...
Varias motos inglesas, italianas e alemãs das décadas de 60/70/80 ... Norton, BSA, Triumph, Gilera, BMW, Japonesas e até uma moto DKW de 1929...  algumas Harley´s dos anos 70  e por ai vai...   ou seja um local que vale a parada para quem está percorrendo a rota, e que é mantido por entusiastas como Jerry, um dos sócios, com quem tiver o prazer de ficar batendo papo, até o final da manhã. O assunto: motoclicletas claro.






Segui depois para Oklahoma e me perdi da rota pois a cidade é grande e resolvi passar por essa cidade pela autoestrada mesmo e tentar achar a rota em El Reno que fica logo após. A tardezinha cheguei em Clinton onde onde existe um outro museu, só que dedicado à rota 66 em si e com apoio oficial. Infelizmente cheguei quando ele já estava fechado. Fica pra amanhã. 

Viagens Anteriores