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"Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar o calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser; que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver”. Amyr Klink.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Bahia de La Pataia

15o. dia - 25-11-10 - Quinta-feira

Fomos a uma pequena comunidade de pescadores, um pouco ao norte e conhecemos um local chamado Estância Harberton, onde esta localizada a primeira casa construída nos arredores de Ushuaia e onde ainda residem os descendentes da primeira família de moradores do local.
É desse local que partem as excursões para visitar a ilha do pinguins, chamada La Pinguiñera.


Edson e a "Unstoppable" BMW R1200 GS Adventure.

Neste dia fomos ao parque nacional de La Pataia tirar uma foto na famosa placa que indica o fim da Ruta 3 e onde motociclistas e viajantes de todo o mundo vem aqui fazer o mesmo.


Uma comemoração após 5600km

Encontramos um jovem motociclista argentino que tinha vindo sozinho de uma cidade do norte da Argentina numa 125cc, encontramos tambem um casal holandês que estava cruzando as Américas numa Kombi.
                                                                A kombosa Adventure.....


quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Dia de turista em Ushuaia...

13o. dia  - 24/11/10 - quarta-feira

Aproveitamos o dia de descanso e levamos a moto para uma revisão e troca de óleo, e fazer um city tour pela linda cidade de Ushuaia ...

Levamos as motos para trocar o óleo na oficina do tal Pablo, que é conhecido nos fóruns de internet sobre viagens a Ushuaia. As referências que tínhamos eram boas mas não se confirmaram. Os serviços solicitados eram apenas troca de óleo e lavagem/lubrificação da corrente. O cidadão cobrou 150 pesos de mão de obra e sequer tocou na corrente das motos, tivemos que lavar depois por nossa conta. Como se não bastasse, ainda perdeu uma capa protetora de um parafuso da BMW do Edson. Portanto não recomendamos a oficina Pablo Motos a quem pensa em fazer uma viagem de moto a Ushuaia um dia.
No final da tarde em frente ao hotel , novo encontro de motociclistas Brasileiros que chegaram a  Ushuaia em dias diferentes.


Galera de vários pontos do Brasil...


O vento da Patagônia não perdoa nem as árvores... 

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Chegando ao Fim Do Mundo!

12o. dia 23-11-10 - Terça-feira

Com esse negócio de escurecer às 10 horas da noite e amanhecer às 5 e meia, o nosso relógio biológico fica meio confuso e acabamos dormindo tarde e tendemos a acordar tarde também, e isso dificulta o cumprimento dos planos de viagem. Daí que saímos de Rio Grande às 11 da manhã, sob fortes protestos do Guima, que queria chegar cedo a Ushuaia.
Na verdade todos estávamos ficando ansiosos, pois estávamos perto de chegar ao nosso objetivo, a realização de um sonho... chegar de moto a Ushuaia, faltam 200 km... e vamos lá...
O vento forte que havia em Rio grande pela manhã, foi sendo substituido aos poucos pela queda de temperatura na estrada... o termômetro da moto do Edson marcava 3 graus em Tolhuín, cidade aos pés da cordilheira dos Andes e paramos para colocar mais roupa de frio, e tomar um café que ninguém é de ferro.
Seguimos em frente e após algumas curvas, avistamos o primeiro pico coberto de neve, e logo depois quando a ruta 3 corta a cordilheira, vimos os flocos de neve batendo nas viseiras dos capacetes e nas bolhas das motos. Acho que cada um, à sua maneira, teve um momento de emoção.

Faltando pouco para chegar, paisagens de tirar o chapéu... ou melhor o capacete.

Chegamos a Ushuaia às 14 horas e paramos em frente a um posto de informações turísticas no centro da cidade e nem é preciso dizer que em minutos as motos ficaram rodeadas de pessoas de várias partes do mundo, pois parece que Ushuaia é assim, tem gente de todo lugar. O Edson até levou um pessoal de Israel para dar uma volta de moto!  

Chegando ao fim do mundo...



Rio Gallegos a Rio Grande - Aduanas e Rípio.

10o. dia - 22-11-10 - Segunda-feira

Saímos de Rio Gallegos pela manhã e novamente pegamos a Ruta 3, rumo ao sul. Cerca de 70 km adiante está a fronteira com o Chile.
Este dia seria o mais burocrático da viagem pois teríamos que sair da Argentina, entrar no Chile, fazer a travessia de balsa pelo estreito de Magalhães, sair do Chile e entrar na Argentina novamente... ufa...!
A Aduana na entrada no Chile estava cheia... previsão de 3 horas de espera pra fazer a imigração. Enquanto aguardávamos na fila, conhecemos Claudio, um motociclista argentino que estava voltando de Entre Ríos e iria para Rio Grande, 200 km antes de Ushuaia. Ele se propôs a nos acompanhar neste trajeto, o que foi de grande valia, pois ainda não conhecíamos as tão temidas estradas de rípio.

Entrando na balsa para travessia do estreito de Magalhães

Após a entrada no Chile, seguimos adiante para fazer a travessia do estreito de Magalhães partindo de Cerro Sombrero até Punta Delgada, durante a travessia os golfinhos acompanhavam a embarcação, o que proporcionou belo espetáculo.
Até então só havíamos trafegado por estradas em excelentes condições desde que saímos do Brasil, mas agora teríamos pela frente 100 km de rípio, até San Sebastián e isso dava uma certa apreensão.
Neste trecho, o Claudio com sua GS 1200, iria na frente e nos mostraria o caminho das pedras (literalmente). Desta forma passamos por esse trecho numa boa, mantendo uma média de 80 km/h. Até o Edson que sentia arrepio só de falar em rípio, tirou de letra.
Chegando em Rio Grande já estava escurecendo, o que aqui nesta época ocorre as 22h, e o Claudio nos ajudou a procurar um local para ficar. Ao chegarmos no hotel encontramos o Gaspar, de Botucatu, SP, membro do Brazil Rider´s e que também estava na cidade. Junto a ele, Guillermo outro motociclista argentino que também vive em Rio Grande. À noite fomos todos jantar juntos para contar história de viagens e tomar umas Quilmes em homenagem a "nuestros novos amigos hermanos".

Claudio (dir), motociclista argentino que vive na Patagônia e sabe tudo de rípio e vento...rsrs..

 Confraternização com nosso amigos "hermanos" Guillermo e Claudio, junto com o Gaspar (Brazil Rider´s) de Botucatu - SP

domingo, 21 de novembro de 2010

Rio Gallegos

9º dia 21-11-2010 - domingo
Rio Gallegos
Só para variar, está ventando em Rio Gallegos e hoje de manhã no hotel conhecemos German e Claudia, um casal com uma BMW GS 1200 Adventure, que também está hospedado aqui e estão voltando de Ushuaia.
Eles saíram de sua casa em Tucuman, norte da Argentina, subiram todo o litoral brasileiro até Belém,  de lá foram de barco até Manaus e depois foram à Venezuela e foram descendo: Peru,  Bolívia, Chile, pela Carretera  Austral e Ushuaia. Agora estão subindo de volta para casa.
Nos deram muitas dicas do caminho e combinamos que passaríamos em sua casa em Tucumán, na volta.
Nós despedimos dos novos amigos.
Viajar de moto é diferente de qualquer outro tipo de viagem. Quando você coloca um monte de malas em sua moto, seja ela qual for, e pega a estrada, imediatamente você arranja um monte de novos amigos em qualquer lugar que pare.
Os outros motociclistas são como se fossem primos que você não conhecia.
German e Claudia

Puerto San Julian a Rio Gallegos. Vento e Guanacos

Em Puerto Julian, ninguém na rua ate as 10 horas da manha. Um frio de 13 graus e um vento muito forte incomodavam demais. Mas mesmo assim saímos para tirar as fotos antes de partir.
Logo pela manhã, quando abastecíamos as motos para pegar a estrada, a ventania já era infernal e começamos a ficar preocupados. As motos estavam pesando cerca de 350 kg com piloto e bagagem e na estrada, eram jogadas de um lado para outro como se fossem brinquedos. Resolvemos ir em frente pois parar era pior pois não dava pra ficar segurando as motos.
E neste inferno de ventania continuamos a ver os guanacos e a paisagem lunar causada pelo vulcão chileno. Muitos quilômetros de terra cinza e abandono. Um lugar que já abrigou enormes criações de ovelhas, pastagens e riqueza, coberto de cinzas. 
Os Guanacos na Ruta 3 - Era preciso tomar cuidado para não atropelá-los
Curiosamente, alguns km depois o vento começou a soprar para o sul e ficou ao nosso favor e ficou tranqüilo pilotar, pois o vento empurrava as motos e em algumas longas retas andávamos a 130 km/h sem sentir o vento, como se estivéssemos numa câmara de vácuo. Uma sensação no mínimo esquisita.
O consumo das Vstrom melhorou nessas condições, indo para 15 km/l.
Chegamos a Rio Gallegos à tarde após rodar 350 km. Exaustos, mas felizes pois deu tudo certo.. Aqui vamos dar uma revisada nas motos e verificar se há algum reparo a fazer.

Trelew - Puerto San Julian

6o. dia 19/11/10 - sexta-feira

Sempre seguindo pela Ruta 3 Chegamos a Puerto San Julian que é uma cidade de valor histórico para os argentinos pois fica perto da ilhas Malvinas e foi base de apoio da força aérea argentina durante o conflito em 1982, é também onde foi realizada a primeira missa em território argentino, na época dos exploradores portugueses, pois acreditava-se que lá seria a entrada do estreito de Magalhães.
 A cidade tem uma praia bonita com uma réplica de caravela e um caça Mig da força aérea argentina que ficam em monumentos junto ao calçadão.
Nos hospedamos em um albergue (Hostel  Angeles), muito bacana e barato. Na verdade uma casa de família que nos alugou um “quarto grande” pelo valor de 180 pesos.
Gente simples que gostou da gente. Até a Toya e o Toy, cachorrinhos da família,  ficaram contentes com nossa chegada. Foi uma festa! Um barato!
Á noite saímos para comer alguma coisa e fomos a um restaurante na beira da praia e encontramos um grupo de brasileiros de BH que está fazendo auditoria em uma empresa de  exploração de ouro próximo a Puerto San Julian. Ficamos batendo papo até altas horas. Aliás encontrar brasileiro aqui está virando rotina.
Neste dia mais um fato curioso: Passamos por uma cidade chamada Caleta Olivia, que tem uma estátua enorme em homenagem ao "Obrero Petrollero", devido à ligação da região com a indústria do petróleo. Paramos para abastecer e .... não tinha gasolina na cidade....!!
Monumento em Caleta Olívia

Pausa para descanso em algum lugar no meio da Patagônia

Por do sol às 21:00h

sábado, 20 de novembro de 2010

Viedma a Trelew

Viedma é uma cidade muito bacana, fica às margens do Rio Negro, bem organizada e tudo mais.
Saímos de Viedma com destino a Trelew, que fica a uns 550km. Seguindo a Ruta 3 que, na medida que se aproxima do litoral, fica mais sujeita ao vento. As motos andam de lado em alguns trechos.


Em Puerto Madryn encontramos um casal de São Paulo que faz o mesmo trajeto que nós. André e Cris que viajavam numa Vstrom 650 e uma Falcon, cada um em sua moto. Ficamos batendo papo num posto e logo chegaram dois patrulheiros da Gendarmerie (policia rodoviária federal argentina), em suas TDM 900. Achamos que viriam nos fiscalizar, que nada: pararam para bater papo.  
André e Cris, fazendo a mesma rota que nós
As TDM 900 dos policiais argentinos

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Azul a Viedma

5o. dia 17/11/2010

Saímos de Azul, cidade da Argentina que onde existe um ponto de apoio aos viajantes de moto de todo o mundo. Chama-se  "La Posta Del Viajero", onde fomos muito bem recepcionados pelo Jorge Pollo (Frango), e seus amigos , todos motociclistas de grandes viagens. Nos ofereceram um churrasco para o dia seguinte, mas como nosso cronograma estava atrasado, não pudemos aceitar o honroso convite.
"Frango" fica aqui o agradecimento e a promessa de novo encontro em Florianópolis em 2012.
No caminho a Viedma a Vstrom do Felix começou a engasgar, provavelmente estranhando a gasolina argentina, que não tem alcool.
O Vento colaborou e conseguimos rodar 750 km sem problemas.

Enfim a primeira placa com a indicação "Ushuaia" !!!  Faltam só 2850 km....!

Buenos Aires a Azul

4º dia 15-11-2010
Acordamos de madrugada para pegar o Buquebus às 05:30 e chegamos à capital da Argentina e para variar mais um perrengue:  Esquecemos de trocar dinheiro na chegada do porto e quase não tínhamos dinheiro para pagar o pedágio na saída de Buenos Aires. Por sorte o Edson pegou uns pesos argentinos de troco no buquebus e pagamos o pedágio com isso. Aliás, moto paga pedágio na grande Buenos Aires,  (1,40 pesos).
Paramos na Revenda BMW  de Pilar para trocar os pneus, lâmpada do farol e instalar o baú novo na moto da  Edson,  agora ficou zerada.
Encontramos um Câmbio em Pilar e trocamos dinheiro. O real está valendo 2,13 pesos aqui. 
Pegamos a Ruta 6 no final da tarde com muito vento e as motos andando de lado... todos aqui estão dizendo que lá embaixo é pior... vamos ver...
As motos dentro do Buquebus

O Guimarães comprou uns perfumes muito bons no free shop do buquebus... Pois estava precisando... após estar usando a mesma camiseta pelo terceiro dia consecutivo....

Cruzando o Uruguai em 1 dia.

3º dia 15-11-2010
Saímos cedo e a intenção era chegar até Colônia de Sacramento e finalmente conseguimos cumprir o objetivo do dia.
As motos até agora, tem se portado bem. As Vstrom consomem muito combustível quando rodam acima de 150 km/h e chegamos a fazer média de 12,7 km/l A BMW se mantém mais constante mantendo em torno de 15.5 km/l. Neste dia rodamos cerca de 732 km.
Saíndo de Pelotas com as motos tendo rodado uns 100 km após o último abastecimento, decidimos abastecer na estrada e foi uma decisão errada , pois após a cidade de Rio Grande existe um trecho cruzando a reserva ambiental do Taim, que tem mais de 100 km sem posto e o Guima teve de parar para comprar gasolina em garrafa Pet, em um boteco na beira da estrada, pois as Vstrom beberronas estavam na reserva. A BMW com seu tanque de 32 litros, foi só sossego.
Paramos no Chuí para umas comprinhas básicas e a tradicional foto na divisa de países.
Encontramos um gaúcho doido (“Tenerão”), que identificou a moto do Guima pelo adesivo do clube XT, do qual também faz parte.
Fizemos a aduana do Uruguai e resolvemos desviar de Montevidéo,  passando por Canellones e San José, que é uma cidade muito bonita à primeira vista, porque só passamos e tínhamos pressa porque queríamos fugir da chuva e comprar as passagens do Buquebus em Colônia.  Após os trâmites do Buquebus, fomos arrumar onde  ficar após as 22:00.
Começamos a achar que iríamos chegar a Ushuaia só  no Natal.
Após nos hospedarmos saímos para tomar uma PATRÍCIA (cerveja tradicional Uruguaia), Já que ninguém é de ferro.
Tradicional foto na divisa

O Guima se preparando para a chuva que acabou não vindo.
Chegando a Colônia del Sacramiento

2o. dia Serras Gaúchas

2º dia 14-11-2010
Vento.  Neste dia fizemos o trajeto Vacaria a Pelotas. Mais uma vez nossa meta inicial não foi atingida pois nossa intenção era chegar ao Chuí.
Um fato incrível , quase espírita, aconteceu neste dia: faltando 70km para chegar em Pelotas, caiu o Case da lateral direita da BMW do Edson, quando ele estava a 150 km/h. Ficamos quase 4 horas procurando na beira da estrada mas ele simplesmente “evaporou” . Ainda bem que não tinha nada de muito valor dentro.
Devido ao horário que chegamos (22:30h), foi uma dificuldade achar hotel na cidade
Neste dia rodamos 515 km e a média de consumo das motos se manteve.

Descendo a BR-116 de Caxias do Sul a Porto Alegre.
Lindas paisagens, asfalto perfeito e muitas curvas... 

MOTO NA ESTRADA!!

 

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

É Moçada... a adrenalina tá subindo...!!! que venha a Ruta 3 e a Carretera austral...!

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